E nós caminhávamos, usuais. O seu sorriso posto nos lábios. Os seus dedos entrelaçados aos meus.
Os nossos passos eram como compassos de uma melodia. Eles marcavam as ruas que ultrapassávamos.Eles ás vezes nos atropelavam. Os passos e as palavras.Ela vestia a sua roupa velha de mudança. O seu sabor ainda estava presente na ponta da minha língua.O seu cheiro impregnava a minha pele, quase como se usássemos o mesmo perfume.Acabávamos de sair de mais uma daquelas vezes em que tocávamos o céu.Ela me fitou, despedindo-se sem que eu entendesse. Não era hora de partir.
Subiu a rua, atravessou aquela cidade inteira,enquanto eu a seguia, penetrado em desbotá-la os lábios.Corri, quase tirando de mim a vida. Gastei tanto do fôlego que me sobrara,que quase pude sentir as minhas narinas aspirarem carregadas.
Os seus dedos pequenos e macios, tocavam-na.Os seus lábios, tão milimétricamente bem bordados,beijavam-na. Os seus olhos robustos mal podiam me encarar.Estavam ocupados em observá-la segurar uma de suas mãos e ir.
Ir embora de casa, ir para longe da rua, ir para fora de mim.
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